segunda-feira, 19 de outubro de 2009

Saco cheio, mas com razão!

É verdade que no Brasil todo mundo está de saco cheio da questão da educação, vira-e-mexe alguém critica (como eu estou prestes fazer) ou simplesmente sai por aí praguejando. Mas se sabe que praguejar não é a resposta, é perder tempo em algo que é muito urgente e que precisa de uma solução. Por que urgente? Ora! Está já na boca do povo que o Brasil desponta como possível potência, até o Obama elogiou. Lula é o cara, lembram? Pois bem; vemos que fica meio contraditório o Brasil como potência e ao mesmo tempo o país com um dos piores índices nas provas internacionais. Seria, a grosíssimo modo, a mesma coisa que uma França péssima em termos educacionais. Aliás, sinônimo de desenvolvimento não é só “money”, é gente sabida também.



Um americano chamado Martin Carnoy, 71 anos, é um economista e tem se voltado para pesquisas na educação; ele veio ao Brasil em 2008 fazer uns estudos sobre nosso sistema de ensino público. Cabulosos os resultados dele. Segundo ele, nossos professores são, na grande maioria, desqualificados para o trabalho, visto que não conseguem passar ao aluno o conteúdo sem fazê-lo maquinalmente( ou seja, socar matéria na lousa duas aulas seguidas enquanto a classe só copia e depois dar uma explicação reles), de maneira muito simplificada e sem, à vezes, ele mesmo sequer entender sobre o que está falando. A falta de cooperatividade do professor com a escolha da faculdade limita o horizonte dos alunos, aí o Brasil perde a chance de ter grandes profissionais.


Não coloco a culpa nos professores!E sim no sistema educacional praticamente subdesenvolvido e pobre atual, totalmente incoerente com a boa imagem do Brasil no exterior; esses problemas são conseqüências de irregularidades do passado e desinteresse de mudá-las na atualidade, entretanto agora que a situação mudou, é preciso que o ensino mude. Bom exemplo de desleixo são as apostilas do estado. Caso aquelas apostilas fossem feitas com mais pressa, poderíamos distribuí-las pra toda a China, o problema seria o resultado. Esses dias eu fui à casa de meu primo e lá na mesa de estudos estavam as belezinhas, comecei a vê-las e li um pouco a de Biologia; uma das perguntas era sobre quantos pés, ou qual é a média de pés( não lembro!) da sala. Meu primo está no segundo colegial. Essa pergunta caberia numa sexta ou quinta série; aos 16 e 15 anos os adolescentes precisam ser treinados para o vestibular, estimulados a fazer uma faculdade, e talvez seja realmente difícil devido a fatores externos, mas tentar é de graça, graças a Deus.


Sabe-se que o Pré-Sal, uma camada de petróleo em mar Brasileiro, poderá render para nós grande lucro. Ta aí, portanto, uma hance. Vai entrar dinheiro e está quase todo mundo sabendo, o Lula viaja por aí pra garantir que saibam. Prometeu inclusive investir na educação. Ótimo, claro, desde que falar seja tão fácil quanto fazer, senão acontece o mesmo com o estado de SP: colocam na cara do povo uma miséria de qualidade.

O que eu estou tentando dizer é que os estudantes da rede pública merecem mais . Só que quem deve exigir isso são os próprios estudantes e as pessoas informadas, pois se depender dos governos, não se vai a lugar algum. Ninguém pode ser besta ao ponto de deixar o governo, estadual e federal, enfiar um ensino ruim nos alunos descaradamente.


Pode parecer que sou descrente no Brasil; pelo contrário, sou muito crente, só que ele ainda não me surpreendeu. Enfim , isso é um assunto extenso, mas acho que me expressei bem. E, por favor, deem comentários e discutam; quando eu digo discutam é pra valer mesmo, fazer o circo pegar fogo.


Ta aí.

.>#.Fabiano .#<.

quarta-feira, 14 de outubro de 2009

Vamos aos encargos!

A Questão do MST (Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra).


1º: FATOS

28/set – MST invade/ocupa a fazenda da Cutrale em Iaras;

05/out – sem-terras destroem parte do laranjal da fazenda. A PM calcula que tenham sido 7.000 pés de laranja. Sem-terras dizem ter derrubado somente 3.000;

06/out – Justiça de SP determina reintegração de posse da fazenda;

07/out – MST retira-se da propriedade, deixando-a com sinais de vandalismo.Este que, segundo sem-terras, foi armação da multinacional para culpá-los. O INCRA apela contra decisão da Justiça que acabou com processo em que ele (INCRA) reclamava como terra pública a fazenda da multinacional.

Fonte: Folha de S. Paulo, 12/out/2009.



2º: SACA SÓ:

 Bom, primeiro de tudo, vamos esclarecer algumas coisinhas que eu andei lendo por aí e não concordo muito bem, e tenho fontes seguras para acreditar que o que digo seja verdade. O MST recebe ajuda de instituições que recebem capital do governo. Ponto. INDIRETAMENTE o governo ajuda o MST. Ponto. O que muitas pessoas andam dizendo é que o governo “financia os vândalos integrantes do MST, que são desvalidos sem emprego e fazem suas maldades e atrocidades contra quem ajuda o país [Cutrale, no caso]. E ainda, como o governo pode financiar um movimento que vandaliza empresas que geram dinheiro?”. OK, uma opinião.E precisamos respeitar opiniões. Mas, vamos falar dos fatos por enquanto.

 A Cutrale gera milhões para o país, sim. E em exportações. Ok, vamos com calma, pessoal... O MST ocupa/invade locais que acreditam ser irrelugarmente ocupados por empresas, multinacionais, que pertencem a latifundiários – isto é um fato. Os sem-terras ocuparam/invadiram as terras da Cutrale por acreditarem que, sendo da União, estão ocupadas ilegalmente pela Cutrale. Destruíram, segundo o que eles alegam, 3.000 pés de laranja para plantar feijão; a Cutrale diz que foram 7.000 e a PM também estima que foi essa a quantidade.

 Durante algumas reportagens que eu li da “Folha de S.Paulo”, alguns moradores das terras da Cutrale, que trabalham na multinacional, disseram que suas casas foram roubadas, e que os sem-terras levaram até as lâmpadas. Após saírem das terras da Cutrale, a multinacional declarou que eles haviam destruído várias máquinas e tratores, e que picharam as mesmas e algumas paredes. O MST alega que isso é uma estratégia da multinacional para incriminá-los e todas as famílias presentes na ocupação/invasão dizem não ter feito nada do que os acusaram. Pedro Albuquerque, líder do movimento que participou da ação, disse que nenhum integrante fez qualquer uma das coisas que alegaram.

 Bom, após essa longa “explicação”, vamos fazer uma pequena análise...

 Partindo da premissa de que o MST invade terras que estão em suspeita de serem ilegalmente ocupadas, pensemos um pouco nos nossos julgamentos, e até da mídia, um pouco precipitados. (A Cutrale gera MILHÕES). Foi ocupada/invadida por um movimento de trabalhadores rurais que querem reforma agrária. A Cutrale está suspeita de ocupar terras da União de forma ilegal. (E a Cutrale gera MILHÕES). Entenderam o meu parênteses?

 O que eu quero dizer é que, uma multinacional como a Cutrale pode muito bem ter feito tudo aquilo para incriminar os sem-terras, já que eles são discriminados por serem “vândalos, radicais e irracionais”, e desviar a culpa da multinacional em usar terras de forma ilegal para focalizar as destruições supostamente deixadas pelo movimento.

 Mas, vejamos bem, não quero dizer que os sem-terras não possam estar errados, afinal temos que ouvir os dois lados da história; mas o que eu mais vejo são pessoas atacando a ação do movimento por motivos, digamos, ESDRÚXULOS e alegando que o governo financia o movimento. Repito: o movimento recebe ajuda de instituições que recebem capital do governo, portanto o governo ajuda INDIRETAMENTE o movimento.

 E, ainda, fizeram exatamente o que talvez a multinacional esteja querendo: desviar a atenção da sua culpa para tornar-se a “vítima” da história. E mais AINDA: estão exigindo uma CPI do MST. Ok. Têm todo o direito de reivindicar, mas precisamos lembrar que o MST é um movimento social, e como movimento todo movimento social tem direito de se manifestar; se fazem barbáries ou não é outra história. Tudo depende dos olhos do observador.

 Os sem-terras podem até ter agido de má fé, mas que a Cutrale está buscando se livrar de uma investigação, ah... Isso tá!



É por todas essas questões que eu quero que vocês discutam comigo a sobre esse assunto. Falem suas opiniões – e quem sabe eu não reformule a minha (o que eu acho um pouco improvável... ^^ ) – pra que a gente faça uma ótima Salada Nacional!



.>#. Mariana R. Costa .#<. 

domingo, 11 de outubro de 2009

Inauguração?

É isso mesmo, isso daqui é uma inauguração. "Do quê?", dirá você; da nossa cozinha, ora! Não sabemos se a nossa clientela vai ser das melhores, mas o recado mesmo é pra quem fica e não pra quem vai - caso estes quiserem escutar, sentem-se e peguem os talheres. 
Veja só, aqui não somos formados em gastronomia por nenhuma faculade, pelo contrário, a coisa vai em ser "autodidata" mesmo; e vocês podem falar "açougueiros" ao invés de "cozinheiros" - confesso que o primeiro é bonitinho. Nesse caso, os açougueiros são a Mariana e eu, Fabiano (por enquanto...). 
Bom, é melhor eu passar todas as instruções logo: os principais ingredientes a serem usados são pimenta (adoramos!), gengibre, vinagre, alho & cia; tendo esses em mãos, você e nós nos daremos bem. Os pratos serão servidos de duas a quatro vezes por semana e, cara, se você não gostar... não é culpa nossa, ué! Não fizemos cursinho mesmo. Os temas dos "pratos" são coisas atuais, assim como do passado também. Arranjos amenos; caso exija a situação, espalhafatosos. 
Aliás, não pense que somos loucos, somos é normais! Todo mundo deveria ser, afinal; parece, no entanto, que o povo tem largado os talheres, resumindo, o povo tá assistindo novela enquanto o negócio lá fora pega fogo. Enfim, fica falado, e talvez pensado. Não sei.


.#>. Fabiano .<#.


Apresentando-me...(que coisa mais formal, né?).
Bom, gente... só pra não dizer que eu não fiz parte dessa inauguração, eu estou dando um "OI" geral! 
Queria dizer que o nosso principal intuito é informar e discutir com todos vocês todos os vários fatos que acontecem no nosso país, assim como no mundo também. 
Sabemos que é muito importante nos informar, mas, além disso, é necessário discutirmos, pois só assim podemos chegar a conclusôes para entendermos melhor o que acontece no nosso país e no mundo. Falando sério, cara, não é possível viver sem se informar do que acontece, senão acontecem coisas, tipo... Congresso Nacional, entende? (¬¬").
Bom, mas espero que gostem do que nós escrevermos aqui. Aceitamos opiniões contrárias, é claro; faz parte de uma democracia, mas tentemos não atacar ninguém. É de muita importância o equilíbrio entre as partes.
Assim eu quero que todos sejam bem vindos à nossa Salada Nacional!


.#>. Mariana .<#.